10/06/2012

Solidão

Caminho na estrada, em minha própria companhia e a dos espíritos desencarnados.
Vejo as pessoas ao redor com alguém e penso que deveria fazer igual.
Não porque elas estão certas ou eu errado, mas porque tenho vontade.
Não porque preciso preencher um vazio, mas porque tenho desejo.
Não porque ensinaram que esse é o caminho, mas porque tenho escolha.
Não porque tenho medo de ficar sozinho, mas porque tenho carência.
Não porque estou infeliz agora, mas porque tenho amor.
E ainda que eu andasse pelo planalto do morro da seca, não temeria desidratação
alguma, pois minha alma verte o sangue da vida e a água é abundante em meu ser.
E quando estiver caminhando ali no meio do deserto, da cidade, do solo, verás que muito possivelmente esteja sozinho. Mas quem tiver olhos, abra-os. E assim contemplará a minha companhia oculta, invisível aos olhos de quem vê, mas perceptível aos que sentem o inexpressível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário