Ele era o mais poderoso. Sua força era aproximadamente equivalente a de todos os exércitos da Terra. Protagonizava seu papel preferido, o vilão indestrutível. Olhava com indiferença os insignificantes seres humanos.
Para nosso anti-herói, cada vida que se extinguia era como um inseto ou verme sem importância que deixava de existir. Antes fosse só indiferença, mas havia um perverso saboreio das mortes que ocorriam. Ele não era assim, mas algo parece ter lhe abatido a consciência. O que antes lhe causava repulsa, agora era imensa fonte de prazer.
Foi então em direção a uma pessoa que outrora tinha afeição. Esbanjava um sorriso malicioso, e não ocultava a alegria que sentia com a partida dolorosa daquela mulher moribunda, que um dia lhe negara afeto. Lançou um olhar fulminante ao ser que partia, gargalhou com prazer intenso. Lhe trazia muito contentamento a partida da víbora maldita.
